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Conheça o e-grocery e suas vantagens para o setor de supermercados

Pessoa segurando celular para fazer compras no mercado. Na imagem, podemos ver uma mão, que segura o celular em um aplicativo de e-commerce de mercado, equanto olha para sua cesta de frutas e verduras.
Matheus Silva
Hora Post 8 min de Leitura
Data Post 14 de novembro de 2025

Há pouco mais de uma década, fazer compras de supermercado pelo celular parecia coisa de filme futurista, mas a transformação digital mudou radicalmente nossos hábitos de consumo. Hoje, o e-grocery é uma realidade consolidada que cresce exponencialmente no Brasil, transformando a maneira como compramos alimentos e produtos do dia a dia.

Mas será que investir nesse modelo realmente vale a pena? Quais são os obstáculos que o setor enfrenta? E como a tecnologia está moldando o futuro das compras online de supermercado?

Esse é o assunto do artigo de hoje.

O que é e-grocery?

E-grocery (“mercado eletrônico”, em tradução livre) é a compra online de itens de supermercado por meio de plataformas de experiência completa, ou seja, onde o cliente seleciona produtos, efetua o pagamento e acompanha a entrega.

Nos últimos anos, esta modalidade tem se tornado uma opção conveniente para os consumidores que estão sempre conectados.

Para se ter uma ideia, segundo um relatório do Mercado Livre, as buscas por supermercado online cresceram 21% em 2022 e as vendas dessa categoria tiveram um aumento de 26% no mesmo período.

E-grocery no Brasil: vale a pena investir?

O mercado brasileiro de e-grocery vem demonstrando números animadores. Na pandemia, 76% dos brasileiros fizeram compras de supermercado online. No ano seguinte, o Mercado Livre publicou o relatório que citamos acima, apontando, também, um crescimento de 26% nas vendas dessa categoria. Em 2024, o marketplace anunciou crescimento de 77% nas vendas de itens do setor em sua plataforma.

Então, vale a pena investir? Com certeza sim. Mas é preciso compreender que o sucesso no e-grocery exige mais do que simplesmente colocar produtos online. É necessário superar desafios estruturais e operacionais significativos.

Quais são os principais desafios do e-grocery?

Apesar do potencial promissor, o supermercado online possui desafios (como qualquer outro modelo de negócio). Os principais são:

plataforma intuitiva e user-friendly;

logística e entrega de produtos perecíveis;

custos de operação e margem de lucro; e

adaptação dos consumidores.

Vamos nos aprofundar neles a seguir.

Plataforma intuitiva e user-friendly

A usabilidade do site ou app do e-grocery precisa ser fácil e intuitiva. Os produtos são separados por seção como na loja física? Existe uma barra de busca? Fazer um benchmarking pode ajudar a entender as melhores práticas de navegação — que são consideradas, além de um diferencial, uma característica fundamental para uma boa experiência.

Logística e entrega de produtos perecíveis

Este é o “calcanhar de Aquiles” do e-grocery: como garantir que ovos, carnes e verduras cheguem intactos e frescos na casa do cliente? Diferente de roupas ou eletrônicos, alimentos perecíveis exigem infraestrutura logística altamente especializada.

Isso significa investimento em veículos refrigerados, embalagens específicas, centros de distribuição climatizados e prazos de entrega extremamente curtos. E o Brasil adiciona uma complexidade extra a esse desafio com suas distâncias continentais e trânsito caótico nas regiões metropolitanas (onde há maior demanda).

Custos de operação e margem de lucro

Os supermercados já operam com margens de lucro apertadas, geralmente entre 1% e 3%. Agora, adicione os custos extras do e-commerce: tecnologia, picking e packing, last-mile e gestão de devoluções. O custo de separar manualmente cada item, embalar adequadamente e transportar até o cliente pode facilmente ultrapassar a margem de lucro da venda.

Algumas estratégias para mitigar esse problema incluem:

estabelecer um valor mínimo de pedido;

cobrar taxa de entrega;

oferecer planos de assinatura;

implementar automação nos centros de distribuição; e

otimizar rotas;

O dilema é que consumidores brasileiros são extremamente sensíveis a preço. Então, o desafio é encontrar um equilíbrio para que um e-grocery seja economicamente sustentável.

Adaptação dos consumidores à compra online de alimentos

Mesmo com números positivos, ainda existe resistência por parte dos clientes. Comprar frutas, verduras e carnes online exige um salto de confiança. Como saber se a banana está no ponto certo? Se a carne é realmente fresca?

Essa barreira cultural não pode ser ignorada. Muitos consumidores, especialmente de gerações mais velhas, ainda preferem o supermercado tradicional. Para o e-grocery, isso significa que educação do mercado e construção de confiança são investimentos de longo prazo.

Tecnologias que impulsionam o e-grocery

Se os desafios são grandes, as soluções tecnológicas disponíveis hoje são igualmente impressionantes. Separamos algumas a seguir.

Inteligência artificial e recomendação de produtos

Por trás de um aplicativo de e-grocery que sugere os itens que o cliente compra toda semana, há uma inteligência artificial (IA) trabalhando para facilitar a vida dele. Algoritmos de machine learning (ML) analisam histórico de compras, padrões de consumo e sazonalidades para prever o que você provavelmente precisará.

A IA pode sugerir substituições inteligentes quando um produto estiver fora de estoque, assim como personalizar promoções baseadas no perfil de cada cliente, prever demanda futura para otimizar estoque e identificar produtos complementares.

Esse nível de personalização não apenas melhora a experiência, mas também aumenta o ticket médio e a frequência de compra.

Sistemas de pagamento digital e checkout simplificado

No e-grocery, o checkout precisa ser rápido e intuitivo. Nesse sentido, o diferencial é o mesmo de todo e-commerce: a experiência de pagamento. E a tecnologia de pagamentos acompanhou essa evolução, oferecendo carteiras digitais, PIX e pagamentos em um clique, além de armazenamento de dados de pagamento com segurança.

Tecnologias de criptografia, tokenização e autenticação em dois fatores garantem transações protegidas contra fraudes, construindo aquela confiança necessária para que consumidores se sintam seguros ao comprar no e-grocery.

IoT e automação no armazenamento e entrega

A Internet das Coisas (IoT) pode colaborar (e muito) na logística do e-grocery. Por exemplo: é possível configurar sensores inteligentes para monitorarem, em tempo real, a temperatura da carga durante todo o transporte de perecíveis, alertando imediatamente se algo sair do padrão.

Nos centros de distribuição, robôs auxiliam no picking, sistemas automatizados identificam a localização exata de cada produto e algoritmos otimizam rotas internas. O resultado? Pedidos separados mais rapidamente, com menor margem de erro.

E na entrega, tecnologias de rastreamento GPS permitem que clientes acompanhem em tempo real a localização do pedido.

Tendências do e-grocery

Dark stores

Dark stores são “lojas fantasmas”, estabelecimentos que funcionam exclusivamente como centros de distribuição. São estrategicamente localizados em áreas urbanas para permitir entregas ultrarrápidas.

O conceito faz sentido. Por que manter uma loja física cara se a ideia é que o cliente compre online? As dark stores eliminam os custos de um estabelecimento com atendimento ao público e focam 100% na eficiência operacional.

Micro fulfillment centers

Os micro fulfillment centers são centros de distribuição compactos frequentemente instalados nos fundos de supermercados existentes. Com robótica avançada e armazenamento vertical, são capazes de processar centenas de pedidos por hora.

Integração entre físico e digital (phygital)

Apesar do conceito de dark stores, você também pode implementar o e-grocery se possuir um estabelecimento físico. O phygital é um conceito que atende a demanda dos consumidores por flexibilidade ao transitar entre canais conforme for conveniente.

Então, a pessoa pesquisa produtos no aplicativo ou site do seu supermercado, adiciona alguns itens ao carrinho, mas decide passar no estabelecimento. Lá, finaliza a compra mesclando os produtos que escolheu no canal digital com os que escolheu ali, na hora. Essa experiência omnichannel é ou não é uma experiência positiva para o cliente?

Para proporcioná-la aos seus clientes, você precisa de um sistema de estoque unificado e dados de clientes centralizados. A Wake oferece soluções que facilitam essa integração, com plataformas que conectam dados comportamentais dos consumidores em todos os canais.

Crescimento de marketplaces especializados em alimentos

Não são apenas as grandes redes que estão dominando o e-grocery. Marketplaces especializados estão surgindo e conectando consumidores diretamente com produtores locais, pequenos mercados e fornecedores de orgânicos.

Essa tendência responde à demanda crescente por produtos diferenciados e sustentáveis. Os consumidores, especialmente os mais jovens, querem saber de onde vem sua comida e qual o impacto de suas escolhas.

Plataformas como iFood e Rappi expandiram suas categorias de supermercado. A Uber adicionou delivery de mercado. E surgem players novos focados em nichos específicos (vinhos, produtos veganos, alimentos importados etc).

O resultado é um ecossistema cada vez mais diversificado, onde diferentes modelos de e-grocery coexistem.

Transforme seu E-grocery com a Wake

O e-grocery carrega desafios consideráveis, mas o sucesso está na capacidade de entender profundamente seu consumidor e se comunicar com ele no momento certo e pelo canal certo. É exatamente aqui que a Wake faz a diferença.

Nossa solução de WhatsApp Comportamental conta com regras e gatilhos automáticos, seguindo os pilares de automação, assertividade e inteligência para transformar a sua relação com o usuário e otimizar o seu supermercado online.

Para o e-grocery, onde a experiência do cliente e a recorrência de compra são fundamentais para a sustentabilidade do negócio, contar com inteligência digital que transforma dados em relacionamento genuíno não é mais opcional — é estratégico.

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