NRF 2025 com Nvidia e Walmart: jornada de IA é difícil, mas necessária
A NRF Big Show 2025, principal evento de varejo do mundo, começou domingo, dia 12/01, em Nova York com um posicionamento ao mesmo tempo de urgência e pragmatismo. O grande game changer do varejo é a Inteligência Artificial, mas se engana quem acredita que será simples fazer as tecnologia acontecer no setor.
“A jornada de IA é complexa e intimidante, mas é absolutamente necessária”, disse John Furner, presidente do Walmart nos EUA. Essa complexidade vem do fato de que não se trata de plugar um sistema sobre uma infraestrutura já existente. “A IA exige um tipo diferente de computação, o que demanda revisão dos ativos digitais do negócio”, acrescenta Azita Martin, vice-presidente da NVIDIA.
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Profundamente impactado pela ascensão da IA Generativa nos últimos dois anos, o varejo ainda não viu nem o início dessa revolução. Para Azita, avanços como agentes de IA para automatizar a tomada de decisões, a integração de computer vision em mais atividades e o uso intensivo de digital twins para simular inovações nos processos de varejo permitirão acelerar os ganhos em áreas como supply chain, previsão de demanda e entendimento do comportamento dos consumidores.
A recomendação da especialista é ao mesmo tempo simples e desafiadora. “Comece agora a utilizar IA, pois ela é real e chegou para ficar”, afirma. Para transformar a intenção em realidade, a executiva aponta três aspectos como essenciais:
- É preciso ter apoio dos níveis executivos para que as ações de IA tenham resultado;
- Foque nos principais problemas do negócio, como supply chain, operação de loja e e-commerce, pois é aí que estão as maiores oportunidades de ganhos;
- Defina indicadores para medir o sucesso das iniciativas e garantir que a IA esteja, de fato, agregando valor ao negócio.
Em um negócio intensivo em pessoas, como o varejo, é preciso levar em conta não apenas os consumidores, mas também os colaboradores. “Somos um negócio de pessoas que entendem dos clientes e que são empoderadas pela tecnologia para atuar com mais eficiência e melhorar a experiencia dos clientes”, resume John Furner.
Isso faz com que o Walmart consiga impulsionar uma nova transformação em seu negócio: a partir do uso de IA Generativa, a empresa vem tornando mais simples o acesso dos colaboradores aos dados, colocando mais inteligência no piso de vendas e nos processos de retaguarda. Dessa forma, é possível acelerar as inovações e fazer com que as lojas tenham sortimento, layout e até mesmo precificação personalizada – gerando mais satisfação dos clientes e criando um negócio mais saudável.
Mas essa é uma jornada em evolução contínua. “O desenvolvimento da IA ainda tem muito a evoluir. Mas a hora para embarcar nessa jornada é agora”, finaliza Azita Martin, da NVIDIA.