Creators

Fórum ECBR 2024 – Creators e a geração de conteúdo para impactar a jornada de consumo

Caroline Pirola
Hora Post 5 min de Leitura
Data Post 1 de agosto de 2024

O marketing de influência cresce cada vez mais e continua sendo um destaque nas estratégias das marcas. E para os influenciadores, o mercado também segue em expansão e, mesmo com milhões de seguidores, eles ainda precisam se reinventar para entender todo esse movimento. 

Esse foi o tema do bate-papo do painel da sala de conteúdo da Wake no Fórum E-Commerce Brasil 2024 com Flavia Pavanelli, atriz e influenciadora, Barbara Cândido, influenciadora e criadora de conteúdo, Gabriela Nery, Gerente de Planejamento da Wake, e Julia Affonseca, Diretora de Negócios e Operações da Wake.

A crescente

Para Flavia Pavanelli, atriz e influenciadora com mais de 18M de seguidores, sem estudos e dedicação por parte dos influenciadores, não dá pra seguir. É preciso se atentar e se reinventar cada vez mais. Um exemplo disso é o TikTok: quem não usar, pode ficar para trás, afinal, ele é o APP do momento para os criadores.

Já Bárbara, criadora de conteúdo com 30 mil seguidores, trouxe um viés mais direcionado para as marcas, que precisam entender que o micro influenciador pode se conectar e responder o público de forma mais rápida e próxima. Segundo ela, há espaço para todo mundo. O tamanho estimado do mercado movimentado pela creator economy era de US$ 200 bilhões em 2023 e a expectativa é de que ele possa atingir a marca de US$ 600 bilhões até 2036.

Ela também pontuou que o mercado inteiro está se movimentando para esse lado, afinal, é cada vez mais comum vermos pessoas que são CLT, por exemplo, criando conteúdo sobre seu dia a dia e gerando curiosidade para as pessoas, mostrando que todas as profissões podem criar conteúdo. 

O que mudou?

Gabriela Nery mostra que a visão dos seguidores movimenta o mercado também. “As marcas tinham um nível de importância maior que os influenciadores, por isso, no início, víamos os creators trabalhando sem receber cachê e hoje entendemos que a lógica se inverteu: os influenciadores são tão importantes quanto as grandes marcas”, afirmou. 

O Brasil é o segundo país que mais consome conteúdo de influenciadores do mundo e o povo brasileiro é o que mais leva em consideração a opinião dos influenciadores, o que fica cada vez mais claro que eles movimentam conversas e se tornam um canal para as marcas entrarem nessa conversa. E a Wake Creators é uma ótima aliada nesse passo.

O suporte das marcas

O objetivo é entender como as marcas conseguem encontrar esses criadores de conteúdo e, depois disso, criar relacionamento para que a publicidade fique cada vez mais autêntica.

Os influenciadores também precisam saber das metas da empresa e gostariam que o time de marketing das marcas tivesse sinergia com o seu trabalho para sugerir roteiros que façam sentido e permitam a criatividade dos dois lados. Flavia também expõe a preocupação de algumas marcas desejarem fechar parcerias sem conhecer de fato a rotina do influenciador, com campanhas que às vezes não combinam com o seu estilo de vida.  

Investimento

Muitas empresas estão no momento de criar o setor de marketing de influência e a dica das participantes é não ter medo de compartilhar as metas, de mostrar a necessidade de vendas, mas também entender se o resultado que buscam é agregar imagem à marca ou de fato à venda, pois são resultados diferentes.

Segundo Flavia, o investimento que se coloca nessa publicidade é, de modo geral, a longo prazo. Ela explica que não se deve olhar somente para a venda que acontece naquele determinado momento, porque hoje os conteúdos podem ser salvos e não necessariamente o usuário vai comprar na mesma hora que o influenciador postou. Essa é uma questão que o mercado está entendendo agora. 

Dicas para trabalhar com influenciadores

A palavra da vez foi “autenticidade”. Todos os participantes acreditam que já passou da hora das marcas pensarem em coisas mais diferentes como, por exemplo, um press kit que pareça com a caixa que o consumidor vai receber, para gerar uma maior conexão.

Todos os influenciadores podem receber o mesmo briefing, o que muda é como a mensagem é passado para o público. É diferente para cada um, com o ponto de vista de cada um, de acordo com sua audiência e conexão que já existe com os influenciadores.

Outro ponto é tentar construir uma boa ponte com o criador de conteúdo. Ter uma equipe de marketing da marca que se divirta no processo e permita que o creator faça parte de fato, que seja uma boa troca para todos os lados. Investir em experiências, como convidar o influenciador para conhecer os processos da marca, e fazer valer a pena para ambos os lados.

“Tragam os influenciadores para a fase de planejamento, tenham uma relação próxima. Eles conhecem o público mais que a marca, eles saberão dizer a melhor forma de criar conexão para audiência. Co-criem com eles”, complementa Gabriela Nery.

E, por fim, a última dica para as marcas é tentar identificar os vínculos emocionais que algumas pessoas têm com seus produtos. Esse influenciador vai ser muito mais dedicado e fazer a publicidade de forma muito mais natural, podendo até fazer também conteúdos organicamente, em alguns casos, já que é um “lover” da marca e quer manter esse relacionamento. “Influenciadores também são consumidores, essa é uma abertura para as marcas se conectarem a eles”, conclui Gabriela.

Confira abaixo o vídeo completo do painel

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