A importância da inclusão digital e acessibilidade na tecnologia
Como garantir acessibilidade na tecnologia? Saiba mais sobre inclusão digital agora.
Há muito se fala que estamos na era digital e não é para menos: 149 milhões de brasileiros estão conectados à internet, desses, 142 milhões acessam quase todos ou todos os dias. Muito provavelmente você faz parte desse índice, mas esses números não contemplam uma importante parcela da sociedade: pessoas com deficiências ou limitações.
Segundo o Censo Demográfico do IBGE, 45 milhões de pessoas apresentam alguma necessidade especial, ou seja, cerca de 23,9% da população brasileira, em contrapartida, apenas 1% dos sites brasileiros foram aprovados nos testes de acessibilidades divulgados pelo “Movimento Web Para Todos”.
Logo, ainda estamos muito longe de incluir mais pessoas em atividades rotineiras, como fazer uma compra online.
Com isso, entramos em uma questão fundamental para a tal “era digital global”: a acessibilidade tecnológica e a inclusão digital.
O que é acessibilidade na tecnologia e como garanti-la? Quais são as tecnologias acessíveis? Vamos refletir sobre o assunto juntos.
O que é acessibilidade na tecnologia?
Para entender o impacto da acessibilidade no cotidiano das pessoas, basta imaginar situações simples: um hospital sem elevador ou um shopping apenas com escadas rolantes, por exemplo.
Para algumas pessoas, isso pode não fazer muita diferença, mas para pessoas com dificuldade de locomoção, PcD, idosos, a experiência muda completamente e pode até se tornar algo impeditivo.
Na internet, a jornada é tão difícil quanto esses exemplos. Considerando que apenas 1% dos sites são acessíveis, como essas mais de 40 milhões de pessoas navegam, interagem e compram online?
A acessibilidade na tecnologia é o que permite que todas as pessoas naveguem pela internet de forma autônoma e independente, conforme previsto na Lei da Inclusão (Lei nº 13.146/2015): “acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internacionalmente.”
Além disso, quando falamos de tecnologia acessível é preciso pensar que o termo engloba diversos fatores, indo além de um vídeo legendado, por exemplo.
Layout, funcionalidades, botões e diversas outras características precisam entrar nessa conta, conforme descrito pelo Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico (eMAG) que você pode conferir aqui.
A importância da inclusão digital e acessibilidade na tecnologia
Já pensou não poder executar todas as ações que você realiza na internet: interagir com amigos, estudar, pagar contas, se informar, assistir filmes, entre tantas outras?
Basicamente, essa é a importância da inclusão digital e acessibilidade na tecnologia: permitir que todas as pessoas, independente de suas limitações e/ou dificuldades possam realizar tarefas que já se tornaram simples, naturais e até “mandatórias” para tantas outras pessoas.
Como sabemos, a internet dita o ritmo de alguns mercados, como o entretenimento; é nela que as pessoas se atualizam, socializam, entre outras atividades; logo, estar “fora” da internet hoje e em um mundo hiper conectado como o atual, pode ser prejudicial em diversas esferas.
Mas esse não é um problema só do Brasil! Vale ressaltar que esse tema enfrenta dificuldades em todo o mundo, para se ter uma ideia, segundo a pesquisa inglesa Click-Away Pound de 2019, 69% dos entrevistados disseram abandonar sites devido às barreiras de acessibilidade.
Também por isso, grandes empresas, como a IBM, a Apple e o Google, por exemplo, levam o tema acessibilidade a sério.
Para o gigante Google: “todo mundo tem direito de acessar e aproveitar a web” e eles afirmam publicamente os esforços para transformar isso em realidade com recursos de acessibilidade e iniciativas de pesquisas internas e externas.
Além de recursos específicos para desenvolvedores, editores, clientes e parceiros, o algoritmo do mecanismo de pesquisa costuma validar o posicionamento das páginas e beneficiar as que são acessíveis, já que elas são valiosas e úteis para mais pessoas.
Ou seja, se o seu negócio quer se destacar nos mecanismos de buscas do Google, a acessibilidade, além de ser importante para os usuários, ajudará no ranqueamento.
Levando em conta todos esses esforços de gigantes da tecnologia, é preciso ter em mente que a inclusão digital é um objetivo universal e a acessibilidade na tecnologia é uma peça-chave para alcançá-la.
A famosa relação ganha-ganha: ao promover a acessibilidade, as empresas não apenas atendem a diversas audiências, mas também aproveitam uma estratégia de negócios perspicaz.
Exemplos de tecnologias assistivas
Se o assunto é acessibilidade na tecnologia e inclusão digital, precisamos falar sobre as tecnologias assistivas.
O termo se refere a ferramentas que facilitam a navegação das pessoas com deficiência, propondo soluções que ajudam na inclusão e você conhece algumas delas agora.
Leitores de tela
A solução focada em pessoas cegas ou com baixa visão permite que as informações da tela sejam convertidas em texto. Ou seja, todos os textos e imagens de uma página são apresentados através de um sintetizador de voz.
O software converte não só o que está em determinada página, mas também as operações do próprio usuário: quando ele aciona teclas alfanuméricas e comandos digitados, por exemplo.
Os leitores de tela também estão presentes nas redes sociais, através dos textos alternativos.
Interfaces adaptativas
Conhecidas também como interfaces inteligentes, elas se adaptam a diferentes tipos de usuários.
As interfaces adaptativas são capazes de se moldarem de acordo com as ações do usuário, captando padrões de comportamento e disponibilizando informações de acordo com as suas preferências.
Tecnologia de reconhecimento de voz
Esse é um tipo de tecnologia assistiva que já é mais “famosa”. Os softwares com a tecnologia usam Natural Language Processing (NLP) para dividir o áudio em bits, converter em formato digital e analisar o conteúdo captado.
Feito isso, os algoritmos identificam as palavras que melhor representam cada som registrado e transcrevem o áudio de forma inteligível ao sistema.
Ou seja, basicamente, o software é capaz de reconhecer a voz e transformar o áudio em texto.
Tecnologia háptica
Relacionada a ciência do toque, a tecnologia háptica permite que os celulares e joysticks vibrem e também é utilizada com outros métodos, como ondas sonoras e vento.
No caso de pessoas com baixa visão, por exemplo, a tecnologia háptica permitiu o desenvolvimento de um smartwatch que emite vibrações no pulso à medida que o usuário se aproxima de um objeto/barreira.
O relógio também permite o registro de itens pessoais na memória do dispositivo, como chaves e carteira, fazendo com que eles sejam facilmente localizados com o sonar.
Esse tipo de tecnologia também já foi utilizada para transformar mapas turísticos e fazer com que pessoas cegas sintam o layout das cidades com as mãos.
Como garantir a acessibilidade e inclusão digital?
Como dissemos, a acessibilidade na tecnologia inclui diversos fatores no front e back-end de um site; com isso, também existem várias maneiras de incluí-la no ambiente digital, o que também permite que ela aconteça de forma gradual.
O importante é dar o primeiro passo considerando: a experiência do usuário, a seriedade que o tema pede e as melhores práticas da inclusão digital.
Separamos algumas opções que uma empresa especializada em tecnologia, como a Wake, pode te ajudar a implementar em seu negócio:
Design inclusivo
O design inclusivo não é nada “fora da curva”, é basicamente pensar em um design que atenda a todos os públicos.
O Design Inclusivo, segundo o Design Council, “é uma abordagem geral para a concepção de projetos em que os designers garantem que seus produtos e serviços atendam as necessidades do maior público possível, independentemente da idade ou habilidade”.
Existem várias características que tornam um design inclusivo: descrição das imagens, alternativas de conteúdo, legendas, contraste das imagens, conteúdos multissensoriais, zoom, alternativas de layout, entre outras opções que podem tornar o seu design mais abrangente e útil para diferentes tipos de usuário.
Testes de usabilidade
Ninguém melhor do que um grupo diverso para dizer se o seu sistema/design está acessível, concorda? Para isso, os testes de usabilidade são fundamentais.
Você pode se guiar através do Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.0 (recomendações de acessibilidade), fazer alguns testes através de ferramentas especializadas como o AChecker e o Lighthouse e, claro, convidar os usuários a testarem suas aplicações.
Flexibilidade
A flexibilidade de uso também traz algumas questões importantes para a acessibilidade digital, como: acesso aos conteúdos através de Linha ou Display Braille, além da inclusão de tecnologias assistivas, como leitores de tela, teclados virtuais, reconhecimento de voz, etc.
Outros pontos trazem a possibilidade de disponibilizar conteúdos sem limite de tempo para que o usuário siga seu próprio ritmo e com a possibilidade de pausar, avançar, entre outras funcionalidades que permitam que o usuário “domine” a navegação.
Implementação de tecnologias assistivas
Como vimos, a implementação das tecnologias assistivas é fundamental para garantir a acessibilidade e inclusão digital. Além de tornarem seus conteúdos digitais mais abrangentes e úteis para uma parcela maior de usuários, elas contribuem com a responsabilidade social do seu negócio e até nos mecanismos de buscas, como é o exemplo da indexação do Google.
A Plataforma Wake traz inúmeras soluções!
Investir em acessibilidade digital traz inúmeros benefícios para a sua empresa, como: responsabilidade social, reconhecimento e fortalecimento da imagem da marca, maior usabilidade do seu sistema, credibilidade e confiança, além de, é claro, melhora da experiência de todos os usuários.
Tudo isso é possível quando você conta com uma parceira especialista em tecnologia e soluções integradas, como a Wake.
Aqui, o nosso foco é oferecer a melhor experiência possível para o usuário — tanto a empresa, quanto o cliente final, sempre alinhados às boas práticas e às necessidades do consumidor. Clique aqui e saiba mais sobre os nossos diferenciais.