Wake Summit

Wake Summit 2025: crescimento, inovação e tecnologia para o varejo

Wake Summit
Juliana Rocha
Hora Post 7 min de Leitura
Data Post 15 de setembro de 2025

A edição 2025 do Wake Summit foi histórica. Reunindo lideranças do varejo e do setor de tecnologia para discutir como criar o presente de quem lidera o futuro, o evento lotou o Expo Barra Funda, em São Paulo, para mostrar como as decisões de hoje moldam o futuro dos negócios.

Perdeu algum conteúdo do evento? Nós preparamos um resumo com os principais insights e discussões que definiram o Wake Summit.

Crescimento da Wake no Unified Commerce

O evento começou com uma visão estratégica de Alessandro Gil, vice-presidente da Wake, que destacou a trajetória de crescimento da empresa nos últimos anos e a evolução do Unified Commerce no Brasil. “Estamos ainda no início de uma marca que vem para durar muito tempo”, afirmou.

A Wake nasceu em 2023 para atender empresas que buscavam soluções tecnológicas mais sofisticadas. O acerto da estratégia se mostra nos números: dois anos depois, a Wake conta com mais de 600 sites de e-commerce em seu portfólio, 2 mil lojas físicas integradas e milhões de perfis segmentados em sua CDP (Customer Data Platform).

Alessandro Gil apresentou resultados tangíveis que comprovam a eficiência da solução:

  • 37% mais páginas indexadas organicamente em relação à concorrência.
  • Aumento médio de 18% na taxa de conversão.
  • Melhora de 42% no PageSpeed do Google.

Esses números, segundo o executivo, são o resultado de uma abordagem colaborativa e focada na cocriação de features com os clientes, garantindo que a tecnologia da Wake esteja sempre alinhada às necessidades do mercado. “A cada trimestre, reunimos nossos clientes para que eles nos ajudem a criar features para nossos produtos. Dessa forma, estamos sempre alinhados ao que o mercado exige”, acrescentou.

Economia: o cenário para o varejo

Um dos momentos mais aguardados do Wake Summit foi a palestra do economista-chefe do BTG Pactual, Mansueto Almeida, que trouxe em 40 mintuos um panorama detalhado da economia brasileira, destacando os avanços estruturais recentes e os desafios futuros.

Segundo o economista, apesar das turbulências, o Brasil conseguiu avanços relevantes em áreas estruturais, como a concessão de aeroportos à iniciativa privada, a abertura para investimentos privados em saneamento, a expansão das fontes de energia eólica e solar na matriz energética brasileira, a reforma da Previdência em 2021 e a independência do Banco Central. “Esse conjunto de reformas explica o que ninguém esperava: um crescimento mais forte e sustentado da economia”, afirmou.

Nos últimos 4 anos, o Brasil cresceu acima de 3% ao ano e viu a taxa de desemprego cair para 5,8%, a menor em décadas. “O cenário atual é de pleno emprego, mas com novos desafios, como a desaceleração do crescimento populacional e a necessidade de investir mais em educação e inovação para aumentar a produtividade dos trabalhadores”, alerta.

Wake Summit 2025

Para os próximos anos, Almeida defende que a prioridade dos governos deveria estar no ajuste fiscal, na melhoria da qualidade da educação e em uma maior integração internacional. “O Brasil tem um potencial de crescimento robusto, mas precisa enfrentar seus desafios estruturais. Se fizermos o dever de casa, podemos almejar um crescimento muito mais forte pelos próximos 10, 15, 20 anos”, completa.

Para onde vai o varejo mundial?

Decifrar como as tendências políticas, econômicas, sociais e tecnológicas impactam o varejo é uma tarefa complexa. Para entender como será o amanhã, o Wake Summit recebeu uma das principais futuristas do planeta: Kate Ancketill, CEO da GDR Creative Intelligence.

Para Kate, três vetores devem ser os mais importantes para as empresas que querem antecipar a direção do varejo global. O primeiro é a automação. “De vending machines a processos automatizados de picking & packing nos Centros de Distribuição, chegando ao transporte por drones, à preparação de refeições por robôs e ao uso de equipamentos autônomos de limpeza, temos um potencial enorme para diminuir o déficit de mão de obra no varejo e tornar as operações cada vez mais eficientes”, argumenta.

Wake Summit 2025

O segundo aspecto é o crescimento da Economia da Experiência. Na visão da especialista, quanto mais tecnologia é empregada no varejo, mais os consumidores buscam conexões, diversão e um senso de “uau” em suas compras. “Entregar bons produtos rapidamente a preço acessível é o básico esperado pelos clientes. Oferecer uma experiência superior, que seja memorável e gere preferência e fidelização, depende de suprir essa demanda por encantamento”, afirma.

Para acontecerem, a automação e a Economia da Experiência exigem a aceleração do uso de dados e, principalmente, de Inteligência Artificial pelos negócios. “É a partir de uma abordagem data driven que as empresas conseguirão destravar as oportunidades de crescimento em seus mercados, pois entenderão melhor os clientes e poderão personalizar relacionamentos, ofertas e experiências”, completa.

Ao mesmo tempo, em que dados e IA são uma grande oportunidade, podem ser uma enorme ameaça. Segundo estudo da Central do Varejo, apresentado em primeira mão no Wake Summit, quase 70% das varejistas não usam Inteligência Artificial por falta de conhecimento. “Isso mostra que é preciso avançar na transformação cultural das empresas e dos profissionais para abraçar as oportunidades trazidas pela IA”, afirma Daniel Zanco, sócio da Central do Varejo. A pesquisa sobre o uso de IA no varejo está em sua segunda edição, e tem apoio da Zucchetti.

O futuro é Unified Commerce: da teoria à prática no Wake Summit

Se o presente do varejo é omnichannel, o futuro é do varejo unificado – Unified Commerce. A estratégia da Wake para o Unified Commerce combina um OMS para a orquestração dos estoques, uma CDP robusta para personalização e ferramentas de Inteligência Artificial para acelerar a implementação de projetos. “Nossa aplicação de CRM para vendedores teve 95% do código gerado por IA. Isso deu enorme agilidade ao desenvolvimento e acelerou nosso time-to-market”, comenta Gil.

O painel “Do estoque à Fidelização” discutiu como levar o Unified Commerce da teoria para a prática. Para Gustavo Gadotti, diretor de marketing e growth da CRMBonus, o maior desafio não é tecnológico, e sim cultural. “Existe em muitas empresas a visão de que o digital rouba vendas da loja física, quando na verdade a unificação aumenta o tíquete médio e a recorrência dos clientes”, diz.

Priscilla Braga, diretora de digital da Farmácias Pague Menos, contou que a transformação interna é essencial para fazer o Unified Commerce acontecer. “Se queremos oferecer para o cliente uma experiência sem fricção, nossa operação precisa funcionar sem atrito”, comenta.

Na Inbrands, uma das principais casas do varejo de moda brasileiro, o Unified Commerce se tornou realidade quando o estoque exclusivo do e-commerce foi integrado ao das lojas da rede, o que otimizou a reposição, reduziu rupturas e melhorou a experiência do cliente. “Conseguimos equilibrar os custos logísticos e a inteligência de estoque, especialmente na última milha, direcionando as entregas da loja mais adequada sem comprometer margens ou gerar ruptura”, afirma Felipe Nitzke, head de e-commerce da varejista.

Pronto para liderar o futuro do varejo?

Durante o Wake Summit, um palco dedicado às soluções Wake trouxe uma programação completa para falar de Storefront, Checkout Headless, Wake U, visual merchandising, regionalização, vendas pelo WhatsApp, logística, live commerce e marketplaces. Além disso, um painel sobre soluções Wake trouxe a visão de clientes como BlueMan, Inbrands, Puravida e Grupo Icomm para mostrar como os negócios podem se beneficiar de uma arquitetura digital totalmente integrada às operações físicas. Exemplos de clientes que já estão criando seu presente para liderar o futuro.
E você? O que falta para dar o próximo passo? Fale com nosso time e entenda como colocar o Unified Commerce no centro do seu negócio.