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8 lições que aprendemos com a Black Friday 2023

Luana Serabion
Hora Post 8 min de Leitura
Data Post 12 de dezembro de 2023

A Black Friday 2023 mostrou que o e-commerce brasileiro está bem mais amadurecido – e que a data promocional passou a ser encarada de uma forma mais estratégica pelas empresas. Já não é mais hora de fazer promoções a todo custo, e sim de entender bem os clientes e apresentar ofertas relevantes para cada público. Segmentar a comunicação e personalizar as ofertas é cada vez mais importante.

Passada a edição 2023, já começa a Black Friday 2024. O sucesso em todas as datas comemorativas do ano que vem depende de entender como foi o evento deste ano, aprender lições importantes e fazer mudanças no negócio a partir dessas lições. A Wake preparou um relatório especial, em parceria com Octadesk, Vindi, ClearSale e Confi.Neotrust, com os dados mais importantes da Black Friday 2023, para você conhecer em detalhes o que aconteceu neste ano. E, neste artigo, vamos trazer os principais resultados e insights deixados pela edição 2023.

Então vamos lá! Confira as 8 lições que aprendemos com a Black Friday 2023:

Baixe aqui o relatório especial Black Friday 2023 da Wake!

1. As promoções tomaram todo o mês

A Black Friday virou uma Black November – e isso é muito bom para o varejo e para os consumidores! Até recentemente, praticamente todas as ações promocionais se concentravam na quinta ou sexta-feira da Black Friday. Com isso, não havia tempo para fazer correções de rota: o sucesso ou fracasso de toda uma campanha se definia em questão de horas.

Esse cenário também fazia com que fosse muito mais caro investir em publicidade para a Black Friday – afinal de contas, todo mundo queria falar com os mesmos consumidores no mesmo momento. Era preciso oferecer descontos insustentáveis e pagar caro pela publicidade. Difícil fazer a conta fechar dessa forma.

Em 2023, a Black Friday foi muito mais inteligente e estratégica. O maior volume de cadastros no e-commerce aconteceu nas duas semanas anteriores à data promocional, mostrando que os clientes se prepararam durante o mês inteiro. Ao fazer os cadastros antecipadamente nos sites, os clientes passaram a receber ofertas exclusivas, puderam se planejar melhor e facilitaram seu checkout na hora de efetivar a compra.

2. Um novembro inteiro de vendas

O dia mais intenso de vendas foi a própria sexta-feira da Black Friday (24/11), com 12% do total da campanha, mas os consumidores aumentaram o volume de compras durante todo o mês. O varejo realizou promoções desde o fim de outubro, procurando atrair e reter clientes com diferentes ofertas.

Com essa estratégia, aumentaram as oportunidades de relacionamento com o consumidor. Em vez de todo mundo competir pela atenção em um único dia, foi possível explorar possibilidades ao longo de uma temporada de quatro semanas, experimentando campanhas, promovendo diferentes produtos e gerando vários “ganchos” para vender.

3. Foco no relacionamento

Um número que mostra o sucesso de estruturar a Black Friday ao longo de todo o mês foi o aumento de 2,1% no ticket médio de vendas do varejo, para R$ 639,47. Foram realizados 8,2 milhões de pedidos, que geraram R$ 5,2 bilhões em faturamento para as mais de 2.500 empresas pesquisadas. As categorias mais vendidas foram eletrodomésticos (20,6%), eletrônicos (15,2%) e telefonia (11,7%).

Ao espalhar as promoções por todo o mês e conseguir que os clientes fizessem cadastros antecipadamente para receber ofertas personalizadas, o varejo conseguiu calibrar melhor os descontos e os produtos oferecidos. O resultado foi uma melhor experiência para os clientes e o aumento do ticket médio.

4. Um esforço que compensa

O estudo da Wake também mostra que o número de tentativas de ações fraudulentas caiu 36% nesta Black Friday na comparação com o ano anterior – foram 35,4 mil tentativas, representando quase R$ 50 milhões em fraudes evitadas. O setor automotivo foi o que mais sofreu com tentativas de fraudes, seguido por ferramentas e bebidas.

Os dados mostram que o e-commerce está mais atento aos prejuízos trazidos pelas fraudes. Ao mesmo tempo, é importante ressaltar que a Black Friday não é a data mais visada pelos fraudadores, visto que eles buscam vantagem financeira neste tipo de crime, e há muitas promoções. Os índices de fraude tendem a subir em datas como Dia do Consumidor e Dia do Cliente.

5. Ação promocional multidispositivos

Nesta Black Friday, 64% das vendas aconteceram por meio de dispositivos móveis (smartphones e tablets) e 36% em computadores – mas os números variam muito de acordo com o tipo de categoria e o momento de compra. É muito mais conveniente pesquisar e comprar pelos dispositivos móveis, mas em determinadas categorias e momentos o consumidor prefere o desktop.

A venda de itens de beleza, por exemplo, é o domínio dos dispositivos móveis: 73,97% das vendas aconteceram nestes devices. Por outro lado, 58,32% das vendas de eletrônicos foram fechadas em desktops. Essa diferença reflete o tipo de compra (eletrônicos costumam ser uma categoria de mais planejamento e comparação de produtos, enquanto beleza oferece mais oportunidades de venda por impulso) e deixa uma grande lição: saiba como é a jornada de compras do seu público, pois ela influencia diretamente o tipo de navegação e as características da compra.

6. O Pix cresce, mas o cartão domina

O cartão de crédito é o meio de pagamento mais usado nas compras de Black Friday: 64,7% do total. A seguir vêm o Pix (22,3%) e os boletos bancários (12,6%). Na comparação com 2022, o valor transacionado por cartões de crédito subiu 5,6%, o Pix saltou 65,6% e os boletos recuaram 74,1%.

O varejo tem visto no Pix uma grande oportunidade de oferecer descontos significativos para os clientes, sem os riscos e a demora de um pagamento por boleto bancário. Com o pagamento instantâneo, as empresas recebem o dinheiro no ato, melhoram seu fluxo de caixa e oferecem um incentivo claro para o cliente pagar dessa forma. Oferecendo mais descontos pelo Pix, o e-commerce ainda melhora suas margens, pois pode oferecer promoções agressivas de maneira mais pontual.

O crescimento do Pix também mostra que os consumidores se prepararam para pagar à vista, o que impulsionou o e-commerce, tornou os produtos mais acessíveis e acelerou o processo de fechamento das vendas.

7. A conversa é pelo WhatsApp

O estudo também pesquisou os canais que são usados pelos consumidores na hora de tirar dúvidas sobre produtos, cadastro, pagamento e atendimento. O WhatsApp foi acionado por 88% dos consumidores que fizeram contato com as marcas, enquanto os chats dos sites ficaram com apenas 11%.

Especialmente em um período promocional intenso, os clientes não querem esperar para serem atendidos e buscam um contato próximo com as marcas. Quem não transforma o WhatsApp em um canal de atendimento aos clientes está perdendo oportunidades.

8. A importância de ser estável

Os e-commerces brasileiros deixaram de vender quase R$ 100 milhões no final de semana entre Black Friday e Cyber Monday por causa de problemas de lentidão e instabilidade nos sites. O valor é o segundo maior dos últimos 5 anos e representa um crescimento de mais de 100% em relação a 2022.

Quem não se preparou com uma plataforma robusta e estável teve problemas e não conseguiu lidar com períodos de pico de vendas, mesmo com a diluição da Black Friday ao longo de todo o mês. Campanhas com influenciadores, lives e afins contribuíram para gerar tráfego, mas essas foram oportunidades perdidas para quem não cuidou bem de sua infraestrutura.

E quais são os próximos passos?

Uma vez passada a Black Friday e aprendidas as lições, o que é possível fazer para evitar os erros e reter os consumidores para as próximas datas, do Natal aos eventos de 2024? Seu e-commerce precisa contar com uma infraestrutura estável, seu negócio precisa ir além do omnichannel e abraçar o Unified Commerce para vender mais, e a experiência do usuário precisa ser perfeita.

Em 2024, o varejo precisa utilizar um storefront desenvolvido para oferecer a melhor experiência possível para os clientes. É preciso estar otimizado para dispositivos móveis, mas oferecer uma navegação excelente no desktop. É necessário ter flexibilidade para customizar o site – o que tecnologias headless oferecem. 

Aproveite as lições da Black Friday 2023 para entender o que funcionou em suas ações promocionais e analise como melhorar. Os consumidores mostraram que querem experiências práticas, rápidas e integradas a diversos canais de vendas e meios de pagamento.

A Wake possui soluções que aceleram a conexão com influenciadores, adaptam o storefront do e-commerce às suas necessidades e desenvolvem uma experiência omnichannel completa – tudo para atrair, converter e conquistar cada vez mais clientes para o seu negócio.

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