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Conheça o GA4: a próxima geração do Google Analytics

Google Analytics
Matheus Silva
Hora Post 10 min de Leitura
Data Post 19 de dezembro de 2025

Não precisamos chover no molhado e te dizer que decisões baseadas em achismos custam caro. Todos sabemos que a diferença entre campanhas que funcionam e as que desperdiçam orçamento está nos dados.

O Google Analytics 4 é a ferramenta mais poderosa para, através dos dados, entender o comportamento do seu público, medir resultados e otimizar estratégias. Mas muitos profissionais ainda tratam o GA4 como um bicho de sete cabeças ou usam apenas 10% do seu potencial.

Neste artigo, você vai entender o que é o GA4 e por que ele substituiu o Universal Analytics.

O que é o Google Analytics e por que ele é indispensável?

O Google Analytics é uma plataforma gratuita de análise de dados que rastreia e reporta o tráfego de websites e aplicativos. Ele coleta informações sobre como os usuários interagem com o seu e-commerce: de onde vêm, quais páginas visitam, quanto tempo permanecem e quais ações realizam.

A ferramenta é indispensável porque transforma dados brutos em insights acionáveis. Você descobre quais canais de marketing geram mais conversões, identifica páginas com alta taxa de rejeição, entende o comportamento do seu público e toma decisões baseadas em evidências reais, não suposições.

Do Universal Analytics ao GA4 e por que a mudança importa

O Universal Analytics (UA) foi lançado em 2012 e dominou o mercado por mais de uma década. Focava em sessões e pageviews, estruturando dados em torno de interações temporárias dos usuários com o site.

Em outubro de 2020, o Google lançou o GA4, que se tornou obrigatório em julho de 2023, quando o UA foi descontinuado. A mudança foi necessária porque o comportamento digital evoluiu drasticamente: usuários navegam entre múltiplos dispositivos, aplicativos ganharam protagonismo e regulações de privacidade (como GDPR e LGPD) exigiram novas abordagens de coleta de dados.

O GA4 foi desenvolvido para este cenário moderno, priorizando a jornada do usuário em vez de sessões isoladas, oferecendo melhor rastreamento cross-device e funcionando sem depender tanto de cookies.

Qual a diferença entre UA e GA4?

As diferenças principais são:

  • Modelo de dados: o UA baseava-se em sessões e pageviews. Já o GA4 usa eventos como unidade fundamental. Tudo é um evento, desde visualizações de página até cliques em botões.
  • Rastreamento cross-platform: o UA analisava web e app separadamente. O GA4 unifica dados de websites e aplicativos em uma única propriedade.
  • Interface e relatórios: O UA tinha relatórios pré-definidos e estrutura rígida. O GA4 oferece exploração de dados mais flexível, com análises personalizáveis e foco em insights preditivos.
  • Métricas: métricas como “taxa de rejeição” foram substituídas ou reformuladas. O GA4 introduz “taxa de engajamento” e métricas orientadas a eventos.

Como o Google Analytics funciona: a ciência por trás dos dados?

O funcionamento do GA4 envolve três etapas principais:

  1. Coleta de dados: um código de rastreamento (gtag.js ou Google Tag Manager) é instalado na sua loja virtual. Então, cada vez que alguém visita uma página ou realiza uma ação, o código envia informações para os servidores do Google. No GA4, tudo é capturado como eventos com parâmetros específicos.
  2. Processamento: os dados coletados passam por filtros e regras de configuração definidos por você. O GA4 aplica machine learning para identificar padrões, agrupar usuários, prever comportamentos (como probabilidade de conversão) e preencher lacunas onde dados diretos não estão disponíveis devido a restrições de privacidade.
  3. Relatórios: os dados processados são organizados em relatórios personalizáveis. Você visualiza métricas em tempo real ou históricas, segmenta audiências, analisa funis e identifica oportunidades de otimização.

A “ciência”, digamos assim, está na combinação de rastreamento preciso, inteligência artificial e modelagem estatística que transforma milhões de pontos de dados em informações compreensíveis e acionáveis para sua estratégia de marketing.

Como usar o GA4 no e-commerce?

Quem já usava o Google Analytics para e-commerce provavelmente já sabia que era possível escolher, através da área de administrador, a opção de configuração de e-commerce.

Embora o GA4 tenha uma abordagem um pouco diferente em comparação com a versão anterior, essa configuração ainda existe. O Google Analytics 4 possui recursos poderosos para rastrear e analisar transações e atividades de e-commerce para o seu site.

Para aproveitá-los, é preciso adicionar eventos de e-commerce ao seu site ou app. Os eventos dependem de contexto, por isso não são enviados automaticamente.

Tipos de relatórios do Google Analytics 4

No GA4, existem quatro tipos principais de relatórios que fornecem insights sobre diferentes aspectos do desempenho do seu site ou aplicativo, sendo eles:

  • Aquisição: fornecem informações sobre como os usuários estão sendo adquiridos e chegam ao seu site. Eles incluem dados sobre canais de marketing, origens de tráfego, campanhas de marketing e termos de pesquisa.
  • Engajamento: analisam o envolvimento dos usuários com o domínio. Eles fornecem informações sobre o tempo de sessão, páginas visualizadas, eventos realizados, comportamento de navegação e outros dados relacionados à interação dos usuários.
  • Monetização: disponibilizam insights sobre receitas, transações, produtos vendidos, desempenho de comércio eletrônico, funis de conversão e outras métricas relacionadas à geração de receita.
  • Retenção: baseiam-se na análise do comportamento de retorno, com dados sobre usuários ativos, usuários recorrentes, taxas de retorno, comportamento de retorno e outros indicadores de retenção.

Tipos de origem de tráfego

Entender a origem do tráfego é fundamental para analisar o desempenho de diferentes canais de marketing, otimizar suas estratégias e direcionar seus esforços de forma mais eficaz. O Google Analytics 4 utiliza algumas categorias para classificar e segmentar as fontes de visitas ao seu site, sendo as principais:

  • Tráfego orgânico: é uma ótima forma de atrair leads qualificados, pois é gerado por meio de resultados de pesquisa não pago, ou seja, quando os usuários encontram seu site por meio de mecanismos de pesquisa, como o Google, sem clicar em anúncios. Esse tráfego pode ser conquistado através de blogs, serviços ou produtos — nessas horas, o maior destaque vai para o Marketing de Conteúdo e estratégias de SEO.
  • Tráfego pago: ao contrário ao tráfego orgânico, o tráfego pago é proveniente de anúncios pagos, como anúncios de pesquisa do Google Ads, anúncios em mídias sociais (como Facebook ads), entre outros. Com campanhas bem direcionadas e público segmentado, a estratégia pode trazer resultados de forma rápida.
  • Tráfego direto: ocorre quando os usuários acessam seu site diretamente, digitando sua URL na barra de endereço do navegador ou usando um marcador (favorito). Geralmente, pode indicar usuários fiéis que já costumam acessar a página.
  • Tráfego de referência: refere-se ao tráfego proveniente de outros sites que disponibilizam links para o seu. Isso pode incluir links de sites parceiros, blogs, mídias de notícias, fóruns, entre outros.
  • Tráfego social: gerado por meio de plataformas de mídia social, como Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, entre outros. Isso ocorre quando os usuários clicam em links para o seu site compartilhados nessas plataformas ou quando visitam seu site a partir de perfis ou postagens em redes sociais.

Métricas do GA4 para e-commerce

Para entender melhor o desempenho das suas vendas online, identificar pontos de melhoria e tomar decisões estratégicas para otimizar sua loja virtual, existem algumas métricas básicas de e-commerce que você pode acompanhar pelo Google Analytics 4.

Elas podem te ajudar a ajustar suas estratégias de marketing e experiência do usuário para impulsionar o crescimento do seu site. Confira:

  • Transações: essa métrica representa o número total de transações concluídas em seu site ou aplicativo. É uma medida direta do número de vendas realizadas.
  • Receita: é o valor total gerado por todas as transações de e-commerce. Ela mostra o montante monetário que sua loja online está gerando.
  • Taxa de conversão: calcula a porcentagem de visitantes que concluem uma transação em relação ao número total de visitantes. É uma medida importante para avaliar o quão efetivamente você está convertendo visitantes em clientes.
  • Valor médio do pedido: identifica o valor médio de cada transação de e-commerce. Essa métrica permite avaliar o tamanho médio das compras realizadas em sua loja.
  • Produtos visualizados: ao mostrar o número total de visualizações de produtos em seu site ou aplicativo, é possível avaliar o nível de interesse dos visitantes em explorar seu catálogo de produtos.
  • Adições e remoções do carrinho: enquanto as adições ao carrinho indicam o interesse do cliente em prosseguir com a compra, as remoções podem demonstrar indecisões ou problemas durante o processo de compra. 
  • Checkout iniciado e concluído: o checkout iniciado conta o número de visitantes que começaram esse processo, indicando um interesse inicial em comprar. Já o concluído conta apenas aqueles que efetivamente finalizaram a compra.
  • Taxa de abandono do carrinho: essa métrica calcula a porcentagem de visitantes que iniciaram o processo de checkout, mas não concluíram a transação. Pode indicar problemas no processo de checkout ou desistência dos clientes.
  • Taxa de rejeição do carrinho: apresenta a porcentagem de visitantes que adicionaram produtos ao carrinho de compras, mas não avançaram para o processo de checkout. Pode indicar problemas com a experiência do usuário ou falta de incentivo para prosseguir com a compra.
  • Taxa de rejeição: diferente da taxa de rejeição do carrinho, que é mais direcionada, essa métrica calcula a porcentagem de visitas em que os usuários saíram do site após visualizar apenas uma página. Uma taxa de rejeição alta pode indicar falta de interesse ou problemas com o conteúdo ou a usabilidade do site.
  • Tempo médio de compra: indica o tempo médio que os usuários levam desde o início do processo de compra até a conclusão. Essa métrica pode te ajudar a entender quanto tempo os visitantes gastam para efetuar uma compra e identificar possíveis gargalos no processo

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