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SKU: o que é, para que serve e como criar este código de produto

SKU
Juliana Rocha
Hora Post 6 min de Leitura
Data Post 27 de outubro de 2025

A gestão dos estoques é um dos aspectos mais importantes de qualquer negócio de varejo. Qualquer descontrole nessa área gera um efeito cascata que prejudica as vendas, traz uma experiência ruim para os clientes e pode levar à perda de vendas e resultados.

Ao lidar com estoques, uma das ferramentas essenciais é o uso de SKUs. O SKU é um código que facilita o controle da entrada e da saída dos produtos. Entender como funciona o SKU, quais suas principais aplicações e como utilizar essa ferramenta é fundamental para impulsionar os negócios, tanto no varejo físico quanto no digital.

O que é SKU? 

A sigla SKU significa Stock Keeping Unit, ou “unidade de manutenção de estoque”. Trata-se de um código único, formado por letras e números, que visa melhorar a gestão de estoque, a liberação de mercadorias e a certeza de que aquele produto é diferente dos demais.

O SKU serve para ajudar no processo de gestão dos estoques, facilitando sua organização e criando um método de administração da entrada e da saída de produtos. Cada produto no estoque da empresa passa a ter um SKU único – e dessa forma é possível controlar a quantidade de cada item sem erros.

No dia a dia do varejo, o colaborador pode acelerar os processos operacionais ao procurar por SKU em vez de buscar pelo nome de cada produto. Em vez de buscar no estoque uma “camiseta manga curta gola V tamanho M”, ele pode procurar no sistema por “CMCGVTM” e ganhar tempo. Como várias características do produto são agrupadas para criar uma classificação única, existe uma lógica na organização, o que ajuda no dia a dia da operação.

O SKU identifica cada um dos produtos de uma loja, aumenta a agilidade e reduz os erros na logística da empresa. Com o código, todos os colaboradores podem encontrar os produtos com muito mais facilidade. Essa técnica de identificação é usada em lojas físicas e virtuais, ajudando a acompanhar também os dados das vendas.

Já em marketplaces, o SKU ajuda no posicionamento dos anúncios, uma vez que comerciantes que usam esse tipo de código são priorizados pelas plataformas, pois fornecem informações mais completas sobre os produtos.

Por que usar SKUs na gestão? 

O uso de códigos de produtos traz diversos benefícios para o varejo. Os principais são os seguintes:

Menos erros

Lojas que trabalham com vários modelos da mesma marca correm o risco de entregar um item errado para o cliente. O uso do SKU reduz essa possibilidade, pois é preciso confirmar o código antes de fazer a entrega.

Agilidade

Na rotina de uma loja, é muito mais fácil pedir para o colaborador separar um produto a partir de um código do que descrevendo todas as suas características. “MBEUTMMX” em vez de “moletom banco com estampa de urso tamanho M da marca X”. Pode parecer estranho no início, mas em pouco tempo a equipe se habitua e passa a trabalhar com mais eficiência.

Organização do estoque

Ao simplificar os nomes de cada objeto, o uso do código SKU ajuda a organizar os produtos no estoque. Com o código, fica mais fácil separar áreas ou prateleiras somente para produtos de determinada marca e modelo e criar subdivisões de acordo com outras características.

Acompanhamento de dados

Os códigos de SKU facilitam a tarefa de listar todos os produtos para analisar quais vendem mais – ou aqueles com pouca saída. Assim, a empresa tem um embasamento para tomar decisões que podem melhorar os resultados.

Como criar SKU para produtos?

A criação do SKU para produtos é um processo simples, mas que exige atenção e critério. As principais etapas para implementar essa técnica são as seguintes:

1. Escolha um padrão lógico

Quanto mais fácil for a identificação das características do produto a partir do SKU, melhor será o funcionamento do código. Por isso, é importante ter um padrão lógico para escolher caracteres que se relacionem às características do produto.

Para vender roupas, você pode começar com uma ou duas letras do tipo de peça (B para blusa ou CL para calça, por exemplo). A primeira letra da cor e da marca também podem ser boas escolhas.

2. Monte uma sequência

Depois de definir todos os caracteres, monte uma sequência para definir seu código SKU. Vamos exemplificar com uma torradeira vermelha de 800W de 220V da marca X.

Os caracteres seriam os seguintes:

  • T: produto (torradeira)
  • VM: cor (vermelha)
  • 8: potência (800W)
  • 2: voltagem (220V)
  • MX: marca (X).

Juntando os caracteres acima, temos o SKU: TVM82MX.

3. Seja sucinto

O código SKU não deve ser muito longo, pois geralmente ele precisa ser digitado. Por isso, não apresente todas as características do produto, mas somente aquelas suficientes para diferenciá-lo de outros itens. Se a loja vende apenas torradeiras vermelhas, não é preciso indicar a cor.

4. Evite caracteres especiais

O SKU deve ser formado apenas por letras e números, sem o uso de caracteres especiais (como “/”, “*” e “–”). Algumas empresas separam as características por traços (-) para facilitar a leitura. Porém, essa prática não é indicada para quem anuncia em marketplaces, pois o traço pode não ser aceito nas plataformas.

5. Não duplique ou reutilize um código

Cada SKU deve se referir a apenas um item. Isso vale tanto para produtos que estão à venda como aqueles que já saíram do catálogo, pois o código ainda pode ser usado para analisar dados históricos.

6. Evite letras que se parecem com números

Letras semelhantes a números podem causar confusão na leitura do código. Por isso, evite o O, que se parece com zero e o I, que pode se parecer tanto com o número 1 quanto com a letra L minúscula.

Como saber o SKU de um produto?

Em uma loja que usa o sistema de classificação por SKU, é possível saber o código de duas formas:

  • De acordo com o local onde o produto está no estoque
  • Por meio de uma etiqueta colada no produto.

Para que essa identificação seja possível, o varejista precisa usar o código para organizar os produtos de todos os lotes que chegam ao seu estoque.

Após esse processo, cada item deve ser armazenado no local correspondente a seu SKU. A partir dos primeiros caracteres dos produtos, o varejista pode destinar uma parte do estoque para produtos semelhantes. Uma área pode reunir todas as camisetas, com prateleiras separando por marca, modelo e outras características.

Com essas práticas, o uso do SKU pode ajudar bastante na organização e na retirada dos itens vendidos.