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Conheça o GA4: a próxima geração do Google Analytics

Google Analytics
Pedro Kruger
Hora Post 13 min de Leitura
Data Post 11 de agosto de 2023

Já está sabendo da atualização para o GA4? Em 2020, o Google lançou o Google Analytics 4 com o intuito de substituir o Universal Analytics, aquele que nós já conhecemos. 

Apesar de ambas as plataformas estarem disponíveis, é preciso se adequar à nova versão. Isso porque em 2023 o Universal Analytics sairá do ar, possibilitando apenas o uso do GA4. As propriedades que possuem o Universal Analytics 360 podem receber uma extensão de processamento única, válida até 1º de julho de 2024.

Mas afinal, qual a diferença? Por que a migração? Como se adequar?

O que é GA4?

GA4 é a abreviação de Google Analytics 4, a nova versão do Universal Analytics, que é a ferramenta do Google que permite a análise de dados do site. 

Empresas e agências ao redor do mundo usam o Analytics do Google para acompanhar dados dos seus sites, como quantidade de acessos, origem do tráfego, páginas visitadas e conversões e entendimento de relatórios.

O objetivo da ferramenta sempre foi ser um recurso de mensuração online e há anos não registrava uma atualização como essa.

Mas, nos últimos tempos, a empresa divulgou não só uma atualização, como uma nova versão: o GA4. Nessa nova versão, o Analytics (GA4) investe mais em tecnologia, projeções de futuro e, principalmente, experiência. Entenda melhor as principais diferenças entre as versões.

Qual a diferença entre UA e GA4?

O Universal Analytics é aquele dashboard ao qual já estamos acostumados: visão rápida, métricas definidas, mensuração em tempo real e centrado no modelo de dados, baseado em sessões. 

Através dele, é possível rastrear o comportamento dos usuários de fontes internas e externas, criar métricas personalizadas, além de fornecer um ID exclusivo para cada usuário e fornecer códigos de rastreamento. 

Já no GA4, os dados são baseados em eventos e diferenciais por parâmetros, o que ajuda no mapeamento de cada um e na extração de insights. A nova versão também traz outras novidades importantes, como: 

  • criação de relatórios entre dispositivos, melhorando a integração entre os canais;
  • público-alvo e métricas preditivas;
  • integrações com plataformas de mídia;
  • controles de privacidade: medição sem cookies, modelagem comportamental e até estimativas de conversão.

Basicamente, o GA4 e o Universal Analytics têm diferentes modelos arquitetônicos, cada um com seu valor – apesar de o recomendado ser se adaptar ao GA4, o quanto antes.

Duas mãos digitando em notebook em cima de uma mesa de trabalho. Na tela, há diversos gráficos analíticos.
O GA4 trará mudanças significativas na visão de nossos dados pelo Analytics.

Por que migrar para o GA4?

Comentamos que é preciso se adaptar à nova versão o quanto antes, e isso se dá porque a partir de 1º de julho de 2023 os acessos ao UA serão retirados. Os usuários do Google Analytics 360 (versão paga) também precisarão mudar, mas terão o prazo estendido: 1º de julho de 2024.

Mas para além da obrigatoriedade, o GA4 também traz diferenciais e características exclusivas que prometem ser muito vantajosas para os profissionais, confira as principais:

Privacidade de dados

Claro que o UA já oferece privacidade de dados, mas a nova versão investe ainda mais na segurança com controles de privacidade

Os usuários estão cada vez mais conscientes sobre o uso de seus dados, então o GA4 precisou se adaptar para continuar fornecendo insights de maneira segura e transparente.

A nova versão utiliza a modelagem de dados por meio de aprendizado de máquina, ou seja, não precisa coletar cookies para obter os dados e não armazena endereços de IP.

A ferramenta também oferece recursos para ajudar as empresas no cumprimento da LGPD.

Foco no usuário

O grande tema dos últimos anos para as estratégias de marketing é o foco no usuário e, claro que o GA4 também pensou nisso. 

A nova versão integra dados de sites e aplicativos, o que permite uma visão mais ampla e completa da jornada do usuário, independente do canal. 

O Google Analytics 4 é tido como uma ferramenta multiplataforma, o que está completamente alinhado às principais tendências de marketing e promete contribuir (e muito) com as análises de comportamento do consumidor.

Pessoa segurando um tablet. A tela está repleta de ícones e vetores que remetem à experiência do usuário, sites, códigos etc.
O foco no usuário se torna cada vez mais essencial para as estratégias de marketing.

Métricas exclusivas

A gente avisou que o GA4 tinha diferenciais, né? Pois é, a nova versão conta com métricas exclusivas, dá uma olhada o que muda!

  • Sessões engajadas: agora, uma sessão engajada será definida quando os usuários estiverem com a página aberta e utilizando por, pelo menos, 10 segundos. Ou seja, se a aba estiver aberta, mas o usuário não estiver ativo nela, navegando, ela não será contabilizada como uma sessão engajada.
  • Sessão engajada por usuário: essa métrica representa uma média de sessões que cada usuário engaja. Logo, se um mesmo ID retornar várias vezes, é possível calcular uma média de quantos usuários recorrentes ou novos acessaram o conteúdo.
  • Tempo médio de engajamento: mais uma evolução do Universal Analytics, o tempo médio é considerado como o tempo que a página ficou aberta em primeiro plano, seja no desktop ou no mobile.
  • Taxa de engajamento: Lembra das sessões de 10 segundos? Essa métrica é novamente utilizada aqui para definir a taxa de engajamento, dividindo-a pelas interações nas sessões.

Como fazer a migração

Como dissemos, a mudança está sendo obrigatória em 2023, mas você já pode fazer a migração para começar a se adaptar à nova versão. O pulo do gato aqui é manter as duas versões para entender o funcionamento de cada uma e ir se adaptando gradualmente.

Para fazer a migração, siga os passos a seguir.

1 – Faça login na sua conta do Google Analytics, vá até o menu e clique em “administrador” para acessar a seção “propriedade”;

2 – Para garantir que o UA continue coletando seus dados até ser descontinuado e seja associado ao GA4, clique em “assistente de configuração do GA4” e “criar uma nova propriedade do Google Analytics 4”;

3 – Feito isso, vá até suas propriedades do GA4 e siga as recomendações, como: instalar tag, vincular propriedade ao Google Ads, definir públicos-alvo, etc.

Você também pode acompanhar o passo a passo do próprio Google para entender melhor cada fase tanto para o público, quanto para anunciantes.

IMPORTANTE: Como as ferramentas trabalham com modelos diferentes, não é possível migrar os dados do UA para o GA4, por isso, o ideal é exportar suas informações. Para isso:

  • Abra o relatório que você deseja baixar, escolha os filtros necessários para aplicação e clique em “exportar” no ícone que estará localizado no canto superior direito.

Você pode fazer essa exportação em até 6 meses, a partir de 1 de julho de 2023.

Lembre-se, também: ao realizar a migração, as integrações feitas pelo UA serão perdidas. Então, ao configurar seu GA4, já conecte Data Studio, Google Ads e outras ferramentas para garantir que suas informações não se percam.

Depois dessa avalanche de informações, nossa recomendação é investir em treinamentos e capacitação da sua equipe para explorar todo o potencial do GA4 e garantir que nenhum dado se perca ou deixe de ser coletado nessa transição.


Como usar o GA4 no e-commerce?

Quem já usava o Google Analytics para e-commerce provavelmente já sabia que era possível escolher, através da área de administrador, a opção de configuração de e-commerce.

Embora o GA4 tenha uma abordagem um pouco diferente em comparação com a versão anterior, essa configuração ainda existe. O Google Analytics 4 possui recursos poderosos para rastrear e analisar transações e atividades de e-commerce para o seu site.

Para aproveitá-los, é preciso adicionar eventos de e-commerce ao seu site ou app. Os eventos dependem de contexto, por isso não são enviados automaticamente.

Tipos de relatórios do Google Analytics 4

No GA4, existem quatro tipos principais de relatórios que fornecem insights sobre diferentes aspectos do desempenho do seu site ou aplicativo, sendo eles:

  • Aquisição: fornecem informações sobre como os usuários estão sendo adquiridos e chegam ao seu site. Eles incluem dados sobre canais de marketing, origens de tráfego, campanhas de marketing e termos de pesquisa.
  • Engajamento: analisam o envolvimento dos usuários com o domínio. Eles fornecem informações sobre o tempo de sessão, páginas visualizadas, eventos realizados, comportamento de navegação e outros dados relacionados à interação dos usuários.
  • Monetização: disponibilizam insights sobre receitas, transações, produtos vendidos, desempenho de comércio eletrônico, funis de conversão e outras métricas relacionadas à geração de receita.
  • Retenção: baseiam-se na análise do comportamento de retorno, com dados sobre usuários ativos, usuários recorrentes, taxas de retorno, comportamento de retorno e outros indicadores de retenção.

Tipos de origem de tráfego

Entender a origem do tráfego é fundamental para analisar o desempenho de diferentes canais de marketing, otimizar suas estratégias e direcionar seus esforços de forma mais eficaz. O Google Analytics 4 utiliza algumas categorias para classificar e segmentar as fontes de visitas ao seu site, sendo as principais:

  • Tráfego orgânico: é uma ótima forma de atrair leads qualificados, pois é gerado por meio de resultados de pesquisa não pago, ou seja, quando os usuários encontram seu site por meio de mecanismos de pesquisa, como o Google, sem clicar em anúncios. Esse tráfego pode ser conquistado através de blogs, serviços ou produtos — nessas horas, o maior destaque vai para o Marketing de Conteúdo e estratégias de SEO.
  • Tráfego pago: ao contrário ao tráfego orgânico, o tráfego pago é proveniente de anúncios pagos, como anúncios de pesquisa do Google Ads, anúncios em mídias sociais (como Facebook ads), entre outros. Com campanhas bem direcionadas e público segmentado, a estratégia pode trazer resultados de forma rápida.
  • Tráfego direto: ocorre quando os usuários acessam seu site diretamente, digitando sua URL na barra de endereço do navegador ou usando um marcador (favorito). Geralmente, pode indicar usuários fiéis que já costumam acessar a página.
  • Tráfego de referência: refere-se ao tráfego proveniente de outros sites que disponibilizam links para o seu. Isso pode incluir links de sites parceiros, blogs, mídias de notícias, fóruns, entre outros.
  • Tráfego social: gerado por meio de plataformas de mídia social, como Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, entre outros. Isso ocorre quando os usuários clicam em links para o seu site compartilhados nessas plataformas ou quando visitam seu site a partir de perfis ou postagens em redes sociais.

Mini carrinho de compras em cima de uma mesa com papéis e um notebook. Ao fundo, uma mulher está sentada em frente a mesa mexendo no celular.
Seu e-commerce tem muito o que aproveitar do GA4. Descubra como!

Métricas do GA4 para e-commerce

Para entender melhor o desempenho das suas vendas online, identificar pontos de melhoria e tomar decisões estratégicas para otimizar sua loja virtual, existem algumas métricas básicas de e-commerce que você pode acompanhar pelo Google Analytics 4.

Elas podem te ajudar a ajustar suas estratégias de marketing e experiência do usuário para impulsionar o crescimento do seu site. Confira:

  • Transações: essa métrica representa o número total de transações concluídas em seu site ou aplicativo. É uma medida direta do número de vendas realizadas.
  • Receita: é o valor total gerado por todas as transações de e-commerce. Ela mostra o montante monetário que sua loja online está gerando.
  • Taxa de conversão: calcula a porcentagem de visitantes que concluem uma transação em relação ao número total de visitantes. É uma medida importante para avaliar o quão efetivamente você está convertendo visitantes em clientes.
  • Valor médio do pedido: identifica o valor médio de cada transação de e-commerce. Essa métrica permite avaliar o tamanho médio das compras realizadas em sua loja.
  • Produtos visualizados: ao mostrar o número total de visualizações de produtos em seu site ou aplicativo, é possível avaliar o nível de interesse dos visitantes em explorar seu catálogo de produtos.
  • Adições e remoções do carrinho: enquanto as adições ao carrinho indicam o interesse do cliente em prosseguir com a compra, as remoções podem demonstrar indecisões ou problemas durante processo de compra. 
  • Checkout iniciado e concluído: o checkout iniciado conta o número de visitantes que começaram esse processo, indicando um interesse inicial em comprar. Já o concluído conta apenas aqueles que efetivamente finalizaram a compra.
  • Taxa de abandono do carrinho: essa métrica calcula a porcentagem de visitantes que iniciaram o processo de checkout, mas não concluíram a transação. Pode indicar problemas no processo de checkout ou desistência dos clientes.
  • Taxa de rejeição do carrinho: apresenta a porcentagem de visitantes que adicionaram produtos ao carrinho de compras, mas não avançaram para o processo de checkout. Pode indicar problemas com a experiência do usuário ou falta de incentivo para prosseguir com a compra.
  • Taxa de rejeição: diferente da taxa de rejeição do carrinho, que é mais direcionada, essa métrica calcula a porcentagem de visitas em que os usuários saíram do site após visualizar apenas uma página. Uma taxa de rejeição alta pode indicar falta de interesse ou problemas com o conteúdo ou a usabilidade do site.
  • Tempo médio de compra: indica o tempo médio que os usuários levam desde o início do processo de compra até a conclusão. Essa métrica pode te ajudar a entender quanto tempo os visitantes gastam para efetuar uma compra e identificar possíveis gargalos no processo.

Continue informado!

O que você achou da atualização? Sua equipe está preparada para testar o GA4? Comece a sua migração e compartilhe com a gente suas percepções. E, para continuar por dentro de tudo que acontece no mundo digital, fique de olho em nosso blog, que está sempre com novidades, tendências, estratégias, dicas e muito mais!

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